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Consulta Cardiológica

Os cães de meia idade (a partir de 5-6 anos) e idosos de raças pequenas apresentam com frequência doenças valvulares degenerativas chamadas de Endocardiose e também as arritmias. Já os cães de raças grandes são mais acometidos por doenças na musculatura cardíaca como a cardiomiopatia dilatada e arritmias, podendo também apresentar a Endocardiose valvular em menor frequência.

 

Os gatos podem ser acometidos por doenças cardíacas como as cardiomiopatias fenótipo hipertrófica (CHF), dilatada (CDF), restritiva (CMR) e a arritmogênica (CMA). São doenças que acometem a musculatura cardíaca, cuja evolução ocorre de forma silenciosa, manifestando-se somente quando já se encontra na sua forma mais grave. Os gatos raramente são acometidos por dirofilaria e arritmias.

 

Outra patologia comum nos caninos atualmente é a dirofilariose transmitida através da picada do vetor (mosquito). Cães que residem ou frequentam mesmo que esporadicamente áreas endêmicas (litoral e regiões de serra) podem ser parasitados pela Dirofilaria immitis. A Dirofilaria é um verme que se instala no tronco principal da artéria pulmonar e ramo direito da artéria pulmonar, provocando lesões em parede dos vasos pulmonares, podendo migrar para átrio direito e veia cava caudal.

 

Cães braquicéfalos como Pug, Shitzu, Bull Dog francês podem apresentar sintomas como ronco, tosse, dificuldade de respirar, cansaço e intolerância ao exercício que são comuns as doenças cardíacos e respiratórios. Patologias crônicas respiratórias em trato respiratório superior e/ou inferior (ex: bronquite, estenose de traqueia, enfisema pulmonar, estenose de narina, palato prolongado) ocasionam sobrecarga do lado direito do coração em diferentes graus e consequente aumento das dimensões do órgão.  Nestes casos é importante diferenciar a origem e a extensão da doença.

 

Cães ou gatos devem ser avaliados pelo cardiologista a partir dos 5-6 anos de idade independentemente da ausência de sintomas. Dificuldade de respirar, cianose (língua roxa), cansaço, desmaios (síncopes) e tosse são queixas comuns nos pacientes com doença cardíaca.

Animais jovens também devem ser avaliados caso apresentem os mesmos sintomas mencionados anteriormente, podendo ser portadores de cardiopatias congênitas. 

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A avaliação cardiológica é necessária em todos os animais (independentemente da idade) que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos que requeiram anestesia geral, mesmo os que não apresentam sintomatologia.

 

Os distúrbios cardíacos em sua maioria evoluem de forma silenciosa e por isso o exame clinico de rotina é importante no seu diagnóstico precoce. Caso o animal apresente sopro na ausculta e/ou ruídos em campos pulmonares, este deverá ser encaminhado para uma avaliação cardíaca visando o diagnóstico, estratificação da doença e prescrição do tratamento adequado.

A tosse é um sintoma comum de doenças cardíacas e pulmonares em cães e muitas vezes se assemelha a um engasgo, podendo ser associado erroneamente a outras doenças por seus tutores.

 

Os animais cardiopatas devem retornar para reavaliação anual, semestral ou  trimestral dependendo do estagio e da evolução da doença cardíaca.

Na reavaliação serão reajustadas as doses e as frequências das medicações a fim de oferecer melhor qualidade de vida e longevidade.

 

A avaliação cardiológica inclui a eletrocardiografia (ECG) e a aferição de pressão arterial sistêmica (PAS), sendo  necessária a complementação  com  exames auxiliares como os de sangue (hemograma completo, sorológico para Dirofilaria e bioquímica), a ecocardiografia Doppler e a radiografia torácica.

A ecocardiografia Doppler é um exame de imagem fundamental para a avaliação das  estruturas anatômica, fornecendo importantes informações sobre função sistólica (contração) e diastólica (relaxamento), fundamentais para a estratificação da doença e acompanhamento da terapia.  O eletrocardiograma (ECG) é um exame de representação gráfica da atividade elétrica do coração que detecta as arritmias.

A aferição da pressão arterial sistêmica (PAS) permite determinar a presença da hipertensão arterial e diferenciar o tipo (situacional, secundaria ou idiopática), sendo comum nos cães e gatos endocrinopatas e doentes renais. A aferição da pressão arterial sistêmica (PAS) também permite diagnosticar a hipotensão. A radiografia torácica ajuda a diferenciar a origem dos sintomas comuns as patologias cardíacas e respiratórias, podendo o mesmo animal ser portador de ambas.

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